Rio Grande do Sul começa a receber 98 novas estações meteorológicas automáticas após enchente de maio

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) iniciou nesta semana a instalação de 98 novas estações meteorológicas automáticas no Rio Grande do Sul. O investimento, de R$ 12 milhões, foi viabilizado por meio de um crédito extraordinário liberado pelo governo federal em resposta à enchente que atingiu o Estado em maio deste ano.
Na última sexta-feira (11), foi ativada a estação localizada na sede do Inmet, no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre. A cidade de Cachoeirinha, também na Região Metropolitana, já recebeu um dos equipamentos. O plano de expansão prevê a substituição das 44 estações automáticas atualmente em operação no Estado por modelos mais modernos, além da ampliação da cobertura em todas as regiões gaúchas.
De acordo com José Cleber de Souza, superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa) no Rio Grande do Sul, as novas estações representam um avanço tecnológico significativo para a meteorologia e a climatologia.
— Elas têm maior capacidade de coleta e transmissão de dados e vão contribuir com novos produtos voltados à produção agropecuária — afirmou.
Além de monitorarem temperatura, precipitação, pressão atmosférica e velocidade do vento, os novos dispositivos contam com sensores para acompanhar a temperatura e umidade do solo.
— Esse tipo de medição é essencial para avaliar a disponibilidade de água para as plantas, especialmente em períodos de estiagem. Também será uma ferramenta útil para gestores municipais, já que as estações ajudam a identificar condições de risco para deslizamentos — explicou o superintendente.
Com a ampliação, o Rio Grande do Sul contará com 98 estações automáticas e manterá outras 11 convencionais, utilizadas desde a década de 1940. A instalação seguirá um cronograma regional, começando pela Região Metropolitana e avançando para o interior do Estado. A expectativa é de que todas as estações estejam em funcionamento ainda em 2025.
Os novos equipamentos, fornecidos por uma empresa vencedora de licitação, têm garantia de dois anos e visam reforçar a capacidade do Estado de monitorar eventos climáticos extremos e oferecer suporte à agricultura e à gestão de riscos ambientais.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper